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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Projeto: Maldita Herança

Bem, provavelmnte vocês devem saber, eu escrevo. Estou começando um novo projeto, que me parece promissor. É um livro, chamado temporariamente de Maldita Herança. Trago para vocês o Prólogo.
Espero que leiam e gostem. Obrigado.

Prólogo
O dia estava quente, o vento soprava sobre o mar. O céu estava límpido, o sol do meio-dia bem acima da cabeça de Marcos.
Ele estava dirigindo sua lancha pelo atlântico. Tinha acabado de sair do litoral do Rio de Janeiro e precisava espairecer. E Marcos não pensava em nada melhor para isso que um passeio com sua lancha de milhões de reais.
O mar estava um  pouco mais agitado naquele dia, as ondas um pouco mais altas que o normal. Mas isso não era problema, Marcos Lemos era o que se podia chamar de homem-peixe. Nascera e crescera brincando no mar. Seus pais, jamais deixaram Parati, nem mesmo quando morreram. Ele vivera durante toda sua infância até os quatorze anos, na casa de praia de setecentos metros quadrados. Depois, foi para a capital, onde começou seu império e o que o tornaria um dos homens mais ricos do país.
Marcos fazia parte dos homens que gostava de ostentar seu poder, gostava de fazer alarde sobre todo seu dinheiro e todas suas empresas no Brasil e no mundo. Porém, ele, após um vazamento de informações sigilosas que envolvia a reputação da empresa e dele próprio, entrou na justiça e expediu um decreto para que a imprensa fosse totalmente proibida de exibir qualquer coisa envolvendo seu nome e de seus familiares. E isso se estendia ao seu filho. Filho esse que ele não via há muito tempo.
O Gabriel, porque não seguiu os passos do seu pai?, pensou pesarosamente enquanto fitava o mar a sua frente.
O oceano estava realmente mais agitado hoje. Mais que o normal.
Marcos estava um pouco desligado fitando o mar, quando se deparou com uma ilha pequena. Ela, como quase todas na costa brasileira era esverdeada e montanhosa. A lancha estava indo em direção a ilha, ele virou o timão para contorná-la. Sua ilha particular ficava um pouco adiante, a cerca de vinte quilômetros de Parati. Ele comprara essa ilha a menos de dez anos, e colocara o sobrenome do avô. A ilha Lemos era grande o suficiente para abrigar uma boa casa de veraneio e uma piscina grande. Ele adorava ficar na sua casa em Parati e depois pegar a lancha e ir até a ilha passar a tarde.
Girava o leme com dificuldade.
O que está acontecendo com essa droga?
Pegou o comunicador da lancha e então percebeu aquilo que o fez estremecer. O fia havia sido cortado.
A embarcação estava se aproximando rapidamente das rochas, bateria em breve. Só restava uma coisa a se fazer, já que o barco não pararia.
Pegou uma bóia e se jogou na água. Em questão de segundos, houve um barulho forte e a explosão. Pedaços da lancha voavam pelo ar. As chamas queimavam sobre a água.
Ele se segurou a bóia, a água estava mais fria. Era sempre assim, independente do calor, a água sempre seria mais fria que o continente.
Estava confuso.
O que aconteceu? A lancha estava quebrada?Não podia estar. Não com o dinheiro que gastava com ela.
Se tivesse se desligado por mais um minuto, estaria morto agora. Ele fitou ao seu redor, apenas o mar agourento. Não morreria afogado, pois sabia nadar, mas provavelmente morreria de exaustão pelo sol acima de sua cabeça.
Tentou nadar até a ilha novamente, por sorte a correnteza estava levando-o até ela.
Foi quando ouviu aquilo que pensara ser a salvação.
Alguém veio me resgatar quando ouviu a explosão, pensou sorrindo para si mesmo.
Em poucos segundos, pôde ver a pequena embarcação se aproximar. Não podia ver direito por causa do sol. Mas sabia que provavelmente era alugada por causa de uma grande faixa azul que as identificavam.
Estou salvo.
Mal sabia ele que estava totalmente errado. Quando conseguiu acostumar seus olhos a luz forte, viu a silueta de um homem e depois seu rosto. Ficou espantado.
Então tudo se encaixou, a lancha não estava quebrada... E ele sabia exatamente o que aconteceria agora, e isso o fez tremer. E isso nada tinha haver com o mar gélido.